terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Que olhos são esses!, verdes, azuis, marrons, que mais parecem duas pérolas, ou esmeraldas, ou castanhas nadando em leite! Se fossemos compará-los com as máquinas hodiernas, estas não passariam de ultrapassadas engrenagens enferrujadas. Os olhos são a prova da perfeição divina; a prova da existência da alma; a representação do caráter; a exteriorização do amor... O acaso neles se finda. Eles são os pesadelos de Darwin. E foi com eles que o homem se descobriu no universo. São também o zênite da sabedoria para os gregos. Olhos...! Quão bela é a tua aparência, a tua transparência. Bendito seja Victor Hugo ao proclamar: “As pérolas não se dissolvem na lama”. Não importa se aquele ou este homem seja ou não benévolo, os olhos sempre permanecerão os mesmos espelhos de vidro; magníficos microcosmos – para todo o sempre – até que se desvaneçam por terra.

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