quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Que olhos são esses!, verdes, azuis, marrons, que mais parecem duas pérolas, ou esmeraldas, ou castanhas nadando em leite! Se fossemos compará-los com as máquinas hodiernas, estas não passariam de ultrapassadas engrenagens enferrujadas. Os olhos são a prova da perfeição divina; a prova da existência da alma; a representação do caráter; a exteriorização do amor... O acaso neles se finda. Eles são os pesadelos de Darwin. E foi com eles que o homem se descobriu no universo. São também o zênite da sabedoria para os gregos. Olhos...! Quão bela é a tua aparência, a tua transparência. Bendito seja Victor Hugo ao proclamar: “As pérolas não se dissolvem na lama”. Não importa se aquele ou este homem seja ou não benévolo, os olhos sempre permanecerão os mesmos espelhos de vidro; magníficos microcosmos – para todo o sempre – até que se desvaneçam por terra.
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
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domingo, 21 de dezembro de 2008
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terça-feira, 25 de novembro de 2008
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domingo, 15 de junho de 2008
quinta-feira, 22 de março de 2007
"MESTRE, são plácidas / Todas as horas / Que nós perdemos, / Se no perdê-las, / Qual numa jarra, / Nós pomos flores.
Não há tristezas / Nem alegrias / Na nossa vida. / Assim saibamos, / Sábios incautos, / Não a viver,
Mas decorrê-la, / Tranqüilos, plácidos, / Tendos as crianças / Por nossas mestras, / E os olhos cheios / De Natureza...
À beira-rio, / À beira-estrada, / Conforme calha, / Sempre no mesmo / Leve descanso / De estar vivendo.
O tempo passa, / Não nos diz nada. / Envelhecemos. / Saibamos, quase / Maliciosos, / Sentir-nos ir.
Não vale a pena / Fazer um gesto, / Não se resiste / Ao deus atroz / Que os próprios filhos / Devora sempre.
Colhamos flores. / Molhemos leve / As nossas mãos / Nos rios calmos, / Para aprendermos / Calma também.
Girassóis sempre / Fitando o sol, / Da vida iremos / Tranqüilos, tendo / Nem o remorso / De ter vivido."
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